quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Os preparativos, a viagem, a chegada e o ritual

Lua vermelhinha! Nenhum dado
nenhum efeito especial. Foto
tirada na estação Osasco antes
de irmos pra Paranapiacaba, por Camila
Primeiramente gostaria de me desculpar pela falta de frequência das postagens, mas como moro no meio do mato, lá não chega internet cabeada, e só um 3g "maomeno", então sempre que tenho oportunidade tento atualizar o blog e a página, peço um pouco de paciência, pois em breve tudo vai mudar!

Mas vamos ao post!

Em Junho fomos pra Paranapiacaba, ficamos 1 dia num pousada muito bonita, a Shamballah, onde fomos muito bem atendidas, e lá tinha um aviso falando sobre o festival da Lua Azul, que ocorreria 31 de Agosto. Como já sabia do que se tratava a Lua Azul, perguntei sobre o festival e tudo mais, e decidimos que iríamos.
Paty com as malas esperando o trem
em Osasco

Mas nesse meio tempo eu e a Paty ficamos desempregadas, e aparentemente tudo tinha ido por água abaixo. Como minha mãe já trabalha com doces há um bom tempo, e eu sempre ajudava ela, dia 27/08, eu falei com a Paty, para fazer alguns docinhos, irmos vendendo pelo caminho, colocar uma mochila nas costas, ir para Paranapiacaba acampar...

Como já tínhamos barraca, separamos tudo e fomos. A questão da passagem foi o de menos, afinal temos bilhete de estudante, e só precisamos pegar trem e um ônibus inter-municipal.

Foto tirada já dentro do Trem
para rio Grande da Serra
Quando fomos lá em Junho, ficamos na rua até 23h e tinha muita gente e vários bares e restaurantes abertos. Desta vez, chegamos na cidade antes das 21h e tudo fechado, não tinha vivalma nas ruas... Achamos entranho, porque a moça da pousada disse que lotava... Ficamos preocupadas de termos errado o dia ou sei lá...

Como o único lugar que conhecíamos era a pousada Shamballah, fomos falar com a moça que nos atendeu, que disse que era o dia certo, mas que na sexta era só o ritual de abertura, que o festival mesmo era durante o final de semana...

Ótimo! Não tínhamos trazido roupas extras e nem comida suficiente para ficar o final de semana, pensamos em chegar na sexta-feira a noite, e ir embora sábado de manhã. Mas uma coisa de cada vez, primeiro tivemos que achar o coreto, curtir a noite, e depois ver o que rolava...

A arquitetura da estação Rio
Grande da Serra já criava o clima.
Chegando lá, estava tocando na rua músicas estilo mantras. Como é normal em Paranapiacaba, a noite estava com muita serração e quase não dava pra ver a Lua... Tinha um moço sentado na praça vendo o ritual, deixamos nossas coisas no chão e também ficamos observando de longe... Não sabia se podia fotografar, se seria um desrespeito... Mas quando o fogo começou a ficar verde, não me aguentei, peguei minha máquina, dei zoom e bati a foto. Nessa hora a moça que estava conduzindo o ritual nos chamou. No começo fiquei com receio, mas ela simplesmente nos convidou para nos juntarmos a eles...

Deixamos a máquina na mala e fomos. O ambiente era mágico! As pessoas estavam felizes e leves... Aos poucos a serração começou a diminuir, e a Lua se mostrou... Com um halo de luz azul em volta!

A Lua sempre me encantou.  A natureza em geral me fascina, mas geralmente quando estamos na correria da cidade grande, ninguém pára pra olhar o Céu, e até te olham como se você fosse uma louca quando te vêem fazendo isso... E lá foi maravilhoso ter pessoas que compartilhavam os mesmos interesses...
Foto que eu tentei tirar de longe

Lá tinha um casal muito simpático,  a menina, vestida de cigana, entregue ao ritmo da música e sem ligar para os expectadores, dançava dança do ventre com uma espada... O ritmo dela contagiava a todos... O cheiro do incenso queimando, fosse na mão das pessoas ou as ervas dentro do caldeirão ajudavam a criar o clima...

os "orbes"
Em um dado momento, a Paty perguntou se podíamos tirar fotos, eles deixaram, pegamos a máquina, e toda vez que batíamos uma foto, ela saia cheia daquelas manchas que pareciam flocos de neve. Quando mostramos para as pessoas, elas não pareciam surpresas, na verdade, só se surpreendiam porque nunca tinham visto tantos "orbes"... A princípio pensei que podia ser um efeito causado pelo nevoeiro, mas depois que o ritual acabou, bati outras fotos, e nevoeiro continuava o mesmo, o efeito nas fotos não!

Além da Lua que brilhava esplendorosa no Céu, o outro centro das atenções era o fogo que queimava no caldeirão, que mudava do laranja para o verde, do verde para o violeta, do violeta para o laranja... Poderíamos alegar que mudando o combustível, a cor do fogo muda mesmo... Talvez a química até tenha uma boa explicação pra tudo isso, mas que era lindo ver o mesmo fogo mudando de cor, sem nenhuma interferência externa aparente, isso era!
Um dos cachorros

Para completar a festa, vários cachorros invadiram o coreto e tentavam pegar as capas, mordes as caixinhas de incenso... Muita farra! Ele vieram trazer um clima ainda mais alegre e despojado.

Terminado o ritual, a cigana, que depois descobrimos que se chamava Aline, veio vender seus bolinhos da Lua Azul, que ela tinha feito, confessando que a cozinha era uma de suas grandes paixões... Falam que comidas feitas com amor têm um gosto especial, e aqueles bolinhos estavam maravilhosos!

Outro cachorro
Oferecemos os brigadeiros também... Vendemos 2 caixinhas das 28 que tínhamos levado... Mas, nada como um dia após o outro com uma noite no meio, principalmente uma noite linda e mágica como aquela!

Finalização do ritual
A parte mais "divertida" é que além de não sabermos montar a barraca, descobrimos que era proibido acampar na cidade! Ou seja, tivemos que procurar um bom lugar para nos "esconder"... E por sorte, o noivo da Aline, se ofereceu para nos ajudar...

Tudo tinha sido ótimo, e agora pelo menos já conhecíamos o pessoal, sabíamos onde aconteceria os eventos, e tínhamos onde deixar nossas malas durante o dia... No dia seguinte haveria um ciclo de palestra, e precisávamos dar um jeito de comprar as credenciais, porque queríamos assistir. E haveria também vendas de produtos em uma exposição no antigo "mercadão" da cidade, além de uma trilha... O dia seria longo... O melhor era descansar..

Mas aí começou a saga da barraca... Mas isso fica para outra postagem!

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Fogo laranja


Fogo transmutando para o verde




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