E nosso primeiro finalista veio do País das Maravilhas

Peça do estilista Jean Carlo

Detalhe das costas da peça
confeccionada pelo
estilista Jean Carlos

Peça do estilista Jean Carlos

Peças que chamavam a atenção desde o saguão de entrada, remetiam à algo antigo, mas ao mesmo tempo revolucionário, algo que sonhamos um dia, mas não lembramos direto como foi...

Peças com detalhes de acabamento impecáveis, alguns clichês aqui e ali, mas que davam charme a essas peças tão arrojadas. Os croquis, ao contrário da primeira definição que aparece na wikipédia, não eram um rascunho qualquer, nem mesmo um desenho puramente técnico que descreve como deve ser a roupa, mas ilustrações de altíssimo nível, que já transmitiam personalidade a roupa. E traziam a euforia de ver aquilo que um dia foi um sonho, vindo lá do País das Maravilhas, se tornou realidade bem diante dos nossos olhos.

                                         
Jean Carlos foi o primeiro a se apresentar, já entrou no palco causando rebuliço, com seu estilo andrógeno.

Mas na hora de se apresentar... Como ele mesmo disse no final do desfile quando fui falar com ele "Se perguntassem meu nome eu não saberia responder"

Croqui do estilista Jean Carlos

Ele travou, engasgou, não conseguiu falar quase nada sobre sua coleção, só o que nos disse é que era um paralelos entre Alice no País das Maravilhas e o Mundo virtual.

Já que não conseguia dar continuidade a sua apresentação, o melhor remédio foi mandar o desfile entrar...

E quando as modelos entraram no palco, mostraram que de fato, toda e qualquer apresentação seria desnecessária.

Croqui do estilista Jean Carl

O desfile de Jean Carlos encantou! Cada peça tinha sua originalidade e personalidade, mas conversavam entre si e com o público. Conversavam a nossa realidade.

Lembrando que o tema deste concurso foi "Fashionville, meu avatar não sai de moda", por isso, a escolha de tema de Jean Carlos foi muito feliz.

       Para quem não sabe, Alice foi um livro escrito por Lewis Caroll em 1865,          
       em clássico da literatura nonsense (talvez o mais clássico de todos), e que
       desde o seu lançamento já teve diversas releituras, sendo que a mais atual
       foi a realizada por Tim Burton em 2010.

Alice é um avatar que de fato não sai de moda, cada época tem sua releitura, seu esfoque, mas Alice nos conecta com nossa criança interior, que não é apenas aquela criança feliz da infância idealizada, mas a criança cheia de perguntas, birrenta, criativa, cheia de jogos mentais, incompreendida pelos adultos por querer preservar sua individualidade, enquanto os adultos esperam que elas se enquadrem.

O País das Maravilhas, é o nosso mundo ideal, onde tudo é possível, comparável a Terra-do-Nunca de Peter Pan, mas esse Mundo das Maravilhas, não é o Paraíso.

O Paraíso é simples e sem complicações, todos seguem regras ordenadas de cima para baixo, e por isso todos são "felizes", se é que se pode dizer que alguém poder SER qualquer coisa, quando abdica totalmente de sua personalidade.

O País das Maravilhas é onde nós podemos nos expressar livremente. e foi isso que Jean Carlos fez, com muita arte, perícia. Não foi escravo da Técnica, mas fez da técnica sua aliada para trazer para o nosso mundo suas maravilhas...

Jean Carlos Apresentando sua coleção

Terceiro look a entrar no palco

primeiro look a entrar no palco

Primeiro look a entrar no palco

Segundo look a entrar no palco

Segundo look a entrar no palco

Terceiro look a entrar no palco

Quarto look  entrar no palco

Apresentação do estilista com as
modelos no final do desfile

Jean entrando com as modelos
no final do desfile

quarto look a entrar no palco